NUMU Novo Museu de Santiago
Localização
Santiago, Chile
Ano do Concurso
2020
Area Construída
7.571,79m²
Cliente
Fundação Engel
Autores
Figueroa Arq+Urb
Mario Figueroa,
Leticia Tamisari
+ arquitectos
Alex Brahm
Equipe
Marcela Venzon, Giovanna Ravaioli, Cássio Pereira,
Ana Paula Mendes, Larissa Napoli
Simón Echavarria, Nicolas Penna,
Vicente Gutiérrez
Consultores
Luminotécnica
Douglas Leonard
Paisagismo
Juan Grimm
Estrutura
Alberto Maccioni
Museologia
Maria Luisa Figueroa
Museologia e educação
Paulo Portella
Renders
Marcial de la Cruz Cartes,
Vitoria Paulino e
Bárbara Brucker
Vídeo
Carlos Garcia
A proposta de eficiência energética e conforto para as áreas internas do Museu, bem como para os espaços externos que o compõem, baseia-se majoritariamente em estratégias passivas derivadas da concepção arquitetônica.
O projeto está localizado no setor sul do Parque Bicentenário, na comuna de Vitacura, em um terreno definido no lado oeste da Avenida Bicentenario. Volumetricamente, o edifício pode ser dividido em duas partes: um volume aéreo, posicionado paralelamente à Avenida Bicentenario, e um volume subterrâneo, que contribui para a conformação do setor sul do parque.
Considerando que o projeto gera uma série de espaços ao ar livre, é fundamental garantir conforto e qualidade ambiental nesses ambientes. Esses espaços foram estrategicamente implantados em relação à incidência solar. O volume aéreo oferecerá sombreamento à praça de acesso ao museu e proteção contra a chuva durante o inverno.
A cobertura verde do volume subterrâneo proporcionará um ambiente fresco, graças ao resfriamento evaporativo promovido pela vegetação. As espécies selecionadas são nativas do vale central do Chile, o que assegura baixo consumo de água e manutenção reduzida. Essa ampla cobertura verde dará continuidade visual e funcional ao parque, além de mitigar o efeito de ilhas de calor urbanas.
Com o objetivo de minimizar perdas energéticas na envoltória do edifício, a proposta contempla um sistema de isolamento térmico de alta eficiência: fachada ventilada com isolamento térmico e esquadrias de vidro duplo hermético, com camada de baixa emissividade (Low-e). A fachada ventilada permitirá o controle da radiação solar direta no volume aéreo e eliminará eventuais problemas de umidade durante o inverno.
As salas de exposição contarão com um sistema de iluminação totalmente flexível, controlado e eficiente, adaptando-se perfeitamente às diferentes demandas das mostras. As amplas aberturas voltadas para o norte e o sul do volume aéreo utilizarão vidros inteligentes – eletrocrômicos – que alteram suas propriedades de transmissão de luz conforme a aplicação de corrente elétrica. Isso permitirá transformar as salas expositivas em grandes mirantes urbanos com o simples acionamento de um comando. Para a iluminação artificial, foi especificada tecnologia LED para todo o sistema, reduzindo a densidade de potência instalada em até 50% em relação ao padrão de eficiência energética ASHRAE 90.1-2010. Esse desempenho será ainda ampliado por meio de sistemas de controle de iluminação com sensores de presença e aproveitamento da luz natural.
No que se refere aos sistemas prediais, foram propostas soluções voltadas para a eficiência energética e o conforto dos usuários. A climatização será realizada por meio de um sistema de distribuição por pavimento, reconhecido por oferecer elevado nível de conforto, operação silenciosa e alta eficiência. A ventilação será feita por sistema de deslocamento, abrangendo todo o perímetro do edifício e contando com um sistema centralizado de exaustão.
Por fim, o projeto prevê a geração de energia elétrica no próprio local, por meio de painéis fotovoltaicos instalados na cobertura do volume aéreo. Esses painéis de alta eficiência, do tipo policristalino, gerarão uma parcela significativa da demanda energética do Museu, contribuindo para a redução de seus custos operacionais.