ECOPARQUE TURÍSTICO MOLHOES DA BARRA
Localização
Rio Grande do Sul - RS
Área Construída
272.800 m²
Ano do Concurso
2022
Cliente
Governo do Estado Rio Grande do Sul
Autores
Mario Figueroa,
Leticia Tamisari e Renato Assada
Equipe
Daniel Maioli,
Gustavo Bondezan, Mariana Piccoli
Pedro Paes e
Lorena Mendonça
Consultores
Sandro Norio Oyama
2022 | 2º Prêmio Concurso Nacional para o Ecoparque Turístico Molhes da Barra _ Rio Grande RS
O ECOPARQUE JÁ EXISTE, está lá, junto ao Molhe Oeste, mas é como se ele pudesse se estender ao longo do mesmo, criando um sistema complexo, rico e criativo que associa as atividades turísticas, a preservação ambiental e economia criativa local.
O que se faz necessário é consolidar essa vocação através da ressignificação deste território utilizando o melhor do capital humano ali existente, especialmente a atividade das vagonetas e o conhecimento da população local já envolvida e comprometida com esse capital cultural imaterial.
A BARRA DE RIO GRANDE sedia o único porto gaúcho aberto para o mar e o mais meridional do país. Sua história envolve fatos decisivos para a formação do Estado. Um deles foi a construção dos molhes, uma infraestrutura idealizada ainda durante o Brasil Império e executado na República Velha pelos presidentes Rodrigues Alves e Afonso Pena, entre 1911 e 1919.
São dois braços de pedra gigantescos, centenários, que juntos viabilizam a fixação do canal de acesso que demarca a entrada e saída dos navios. Desde a sua implantação, abrigaram um meio de transporte de cargas por meio de trilhos que após a finalização das obras deram lugar às vagonetas.
Movidas a vela, e controladas diretamente pela força física dos vagoneteiros, proporcionam um atrativo único. O colorido das velas das vagonetas e o seu vai-e-vem sobre os trilhos do molhe oeste são a origem e o sentido deste ecoparque turístico.
A sutil inserção das peças no território
O ECOPARQUE JÁ EXISTE, o que se faz necessário é supri-lo com equipamentos mínimos que permitam o seu uso adequado e constante, associados as potencialidades latentes desse território. A setorização já definida pelo edital reforça corretamente o obvio. Uma solicitação atenta que permite tanto vislumbrar facilmente os setores do ecoparque como identificar as suas necessidades e fragilidades.
O ACESSO NORTE, permite a conexão da Av. Alm. Maximiano ao estacionamento. A área de acesso ao PASSEIO DE VAGONETA, se integra permitindo melhorar significativamente essa experiência turística única. Além disso o pequeno PAVILHÃO DE APOIO proposto oferece infraestrutura tanto para turista como para os Vagoneteiros (instalação sanitárias, copa/cozinha, depósitos e bilheteria).
No ACESSO SUL temos o DECK PRINCIPAL que se organiza em várias estâncias, a começar pela Praça dos Food Trucks. Paralelo ao Canal dos Molhes e muito próximo à agua, a parte mais elevada do deck, em média a 3m do nível do solo, funciona como área de estar e contemplação associado as opções de gastronomia e serviços que se apresentam em sequência por este passeio público. No final do Deck Principal se encontra o MIRANTE que possui um patamar intermediário acessível e um ponto de observação 12 m acima do nível do Deck Principal.
ESTRUTURA DO MIRANTE
A estrutura do mirante é um arranjo tridimensional de escoras que se encontram pontualmente ao longo da altura, podendo assim serem articuladas na fundação – já que se apoiam mutuamente. São peças de seção tubular circular em aço galvanizado e pintado; a seção escolhida é ideal parar sofrer compressão e torção, esforços predominantes no arranjo. Como estão inclinadas em diferentes direções no espaço, a estabilidade desta estrutura é garantida para vetores de força lateral em qualquer direção e sentido. A partir deste arranjo partem vigas engastadas – de seção I em aço galvanizado e pintado – que sustentam passarelas, escadas e plataformas em diferentes níveis ao longo da altura. A rigidez do aço possibilita pequenas deformações dos planos, garantindo a funcionalidade da composição.