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CASA MB

Localização          Jardim Paulista,

São Paulo, SP

Área do terreno:      

265,68 m²

Ano do projeto       

2017

 

Ano construção      

2021

Autores

Original:

David Libeskind

Revitalização:

Mario Figueroa,

Letícia Tamisari

Equipe

Everton Penariol, Matheus Borges,

Luiz Sakata,

Augusto Longarine

Ambiência

Ana Marta Ditolvo

Construção

Hauz Engenharia

Fotografia

Manuel Sá

A Casa MB foi originalmente projetada e construída pelo arquiteto David Libeskind entre 1966 e 1967. Em 2019 foi adquirida por novos proprietários, e apesar de apresentar as suas características preservadas, se encontrava em um significativo processo de deterioração, bastante acelerado nos últimos anos. Nesse contexto, encontramos surpreendentemente preservadas, ainda com certa dignidade, marcenarias de Joaquim Tenreiro, mobiliários de Sérgio Rodrigues e um extraordinário e inesperado conjunto de palmeiras imperiais.

A proposta parte do respeito à história construída para imaginar novos modos de habitar. A pré-existência carrega em seus traços um pensamento arquitetônico significativo da produção paulistana da época e que mereciam ser preservados. A intervenção, portanto, não busca apagar o passado, mas dialogar com ele, abrindo espaços, iluminando percursos e ampliando possibilidades para as atividades da vida cotidiana.

Apesar da necessária revitalização completa da casa, as principais intervenções se concentraram nas salas e pátio, nas áreas molhadas, no atelier suspenso e na grande laje de cobertura, que originalmente não tinha uso. A estratégia do projeto foi reestruturar o cotidiano da casa, reorganizando fluxos e desfazendo compartimentações que limitavam a experiência dos ambientes.

As áreas sociais foram integradas, criando uma sequência contínua entre a sala estar, jantar e jardim. A nova planta valoriza ainda mais a transparência e a fluidez, permitindo que o exterior penetre o interior de maneira natural e que a vida familiar aconteça de forma mais espontânea e conectada. O pátio interno, central à proposta, assume papel simbólico e funcional. Ali, o espaço de contemplação, simples e essencial, oferece pausas no ritmo do dia-a-dia.

A escolha dos novos materiais reforça a intenção de continuidade e respeito à materialidade original da casa. Madeiras claras, revestimentos naturais e texturas sutis resgatam a essência da construção, enquanto trazem frescor e contemporaneidade. As novas aberturas reposicionam a luz natural como elemento de projeto, revelando volumes, percursos e encontros.

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